2016 - 2020

A PRÁTICA COMO CRITÉRIO DE VERDADE: A POSIÇÃO MARXISTA CLÁSSICA E AS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO PARA O TRABALHO PEDAGÓGICO

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Descrição: Este projeto visa dar seguimento à investigação de pós-doutoramento que perguntou (1) pelo sentido e o fundamento da afirmação de Marx nas Teses sobre Feuerbach: ?A questão de saber se ao pensamento humano pertence uma verdade objetiva não é uma questão da teoria, mas uma questão prática?; (2) pela noção de prática subjacente à afirmação ?É na práxis que o ser humano tem de comprovar a verdade, isto é, a realidade e o poder, o caráter terreno do seu pensamento?. Nos dois fragmentos, está em questão a correspondência entre as representações sobre a realidade e a própria realidade, com desdobramentos importantes no âmbito da expectativa de encontrar a verdade sobre a realidade e, descortinando os seus fundamentos, promover uma transformação material das realidades. Encontramos esta expectativa também nos debates sobre a formação de professores no Brasil: a adequada avaliação da possibilidade de transformação da realidade educativa demanda uma reflexão que tome como ponto de partida a própria prática, enquanto a verdadeira realidade da atuação dos professores. O clamor por uma formação de professores orientada pelas demandas da prática profissional, pelo efetivo exercício da aproximação à docência em campo, posto em todo o debate sobre a formação de professores no Brasil, impulsiona políticas e alterações no marco legal com ênfase na defesa da aproximação à docência pela prática do ensino e pelo estágio supervisionado. Entretanto, qual a concepção de prática subjacente a este debate? Qual concepção de verdade encontra-se ocultada sob o tema da prática? Estudos de Barata-Moura acerca do tema da prática no pensamento de filósofos clássicos como Aristóteles, Kant, Feuerbach, Gramsci, entre outros, evidencia enfoques materialistas e idealistas da prática. Quais os supostos ontológicos e gnosiológicos que diferenciam tais enfoques nos filósofos clássicos? Em que medida os autores e supostos mapeados por Barata-Moura nestes filósofos clássicos influenciam o debate da prática como eixo da formação de professores no Brasil? Há correspondência entre as concepções presentes na produção que defende a prática como eixo da formação de professores e a concepção de prática presente no marxismo clássico? Quais as implicações objetivas desta influência na transformação objetiva da realidade da formação de professores? Objetiva-se a revisão crítica dos supostos subjacentes à noção de ?prática? predominante no debate sobre a formação para o trabalho pedagógico no Brasil (com ênfase na formação em educação física) e o investigar da correspondência entre os supostos identificados nesta produção e o debate na filosofia clássica, tal como apanhado por José Barata-Moura. Pretende-se aprofundar o entendimento desta categoria (a) no conjunto da obra de Marx e Engels, no movimento de desenvolvimento da ontologia materialista que funda a perspectiva da dialética materialista e do materialismo dialético; (b) nos estudos do tema da prática empreendidos por José Barata-Moura a partir dos filósofos clássicos; (c) na forma da apropriação do tema da prática pelas proposições que sustentam as posições histórico-críticas sobre a formação de professores no Brasil (Dermeval SAVIANI, Luiz Carlos de FREITAS, Helena de Freitas, COLETIVO DE AUTORES), (d) nas Teses e Dissertações produzidas com a explícita finalidade de discutir a prática como norteadora da formação de professores de educação física e assentadas na tese da prática como critério de verdade (ESCOBAR, 1997; LACKS, 2004; SANTOS JUNIOR, 2005)..

Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (1) / Especialização: (0) / Mestrado acadêmico: (0) / Mestrado profissional: (0) / Doutorado: (1) .

Integrantes: Elza Margarida de Mendonça Peixoto - Coordenador / João Paulo Dória - Integrante / Lorena Costa Batista dos Santos - Integrante.
Financiador(es): UFBA - EDITAL PROPCI/UFBA_01_PIBIC 2015-2016 - Bolsa.
Número de produções C, T & A: 13