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VIII ENCONTRO MARXISMO E POLÍTICAS DE TRABALHO E EDUCAÇÃO
Oligopólios do Ensino – tendências no seu desenvolvimento e as contradições com os interesses da classe trabalhadora
Apresentação:

 

O desemprego no capitalismo é política! Os capitalistas projetam o desemprego e condenam massas de trabalhadores à miséria e à barbárie quando não empregam capital viabilizando postos de trabalho – a exemplo da indústria que no Brasil está reduzida a menos de 30% do PIB. Mas a vida dos trabalhadores não interessa aos capitalistas! Interessa apenas aos trabalhadores! Aos capitalistas, interessa expandir a produção de mais-valia!

Os capitalistas sabem que em um mundo com uma população de 8 bilhões (alcançada em 15 de novembro de 2022), os meios de vida serão sempre necessários! Por isto, investimento sempre muito seguro! Em todo o mundo, os capitalistas investem na produção de alimentos, habitações, vestuário e calçados, de sistemas de transportes terrestres, aéreos e aquáticos, de energia e de educação! Trabalham para o barateamento da produção destes bens, porque por este caminho barateiam os processos de produção de força de trabalho, tornando-a mais barata.

Está no controle destas necessidades fundamentais da humanidade a grande saída neoliberal para as crises do capitalismo dos anos 60 e 70! A estatização de todas as necessidades fundamentais que foi a saída da crise dos anos 20 a 40 e produziu a “Era do Ouro”, está sendo desmantelada em todo o mundo por meio das privatizações!! No Brasil, desde o Governo Militar de João Batista de Figueiredo, estão sendo privatizadas todas as estatais ligadas à produção de celulose, minério de ferro e carvão, de petróleo e gás, de produção de energia elétrica, eólica, solar, e as companhias de abastecimento de água e tratamento de esgoto.

Os capitalistas controlam toda a produção da existência de 8 bilhões de pessoas em todo o mundo! Controlam todas as cadeias de produção e comércio: (i) de base energética fundamental a todos os processos produtivos; (ii) de alimentos e água potável para o consumo humano; (iii) de vestuário e calçados (para a vida cotidiana e o trabalho); (iv) de moradias (via sistema financeiro que eles também controlam); (v) de transportes terrestres de passageiros e cargas (em rodovias, ferrovias), aquáticos (do Ferry Boat ao navio que transporta mercadorias em containers) e aéreos – incluindo os insumos para a produção das vias de transportes, e são remunerados pela circulação nestas vias, por exemplo, por meio dos pedágios. Os capitalistas controlam todos os nossos meios de vida, e são eles quem decidem tanto o custo destes bens tão necessários à vida de todos nós, quanto quem vai ter acesso ao emprego, ou seja, que vai poder trocar força de trabalho por salário e, consequentemente, trocar salário por meios de vida. Portanto, ao controlar os meios de vida, os capitalistas controlam a vida de todos nós!

Para evitar riscos empregando capitais em negócios que podem falir, eles produziram todo o sistema financeiro e separaram o capital financeiro da produção, deixando-a a cargo de algumas empresas. Cada empresa faz o esforço gigantesco de convencer aos capitalistas do setor financeiro que elas são suficientemente estáveis e eficientes para multiplicar os capitais investidos. De forma que os capitalistas do setor financeiro têm uma prateleira cheia de empresas desesperadas por financiamento e dispostas a “dar” em troca de rentabilidade. O sistema bancário mantém as taxas de juros altas para garantir a boa remuneração dos capitalistas investidores e o negócio vai de vento em popa (favorecendo aos capitalistas, é claro!).

Os que conhecem a história da educação brasileira sabem que os capitalistas sempre disputaram a educação. De forma contundente, quando esteve em questão formar para a indústria, o comércio e os transportes (SENAI, SENAC e SEST SENAT); ou ainda, quando esteve em questão a formação da elite e da classe média, abarcada pelas escolas vinculadas aos negócios da fé – as chamadas escolas confessionais – cobrando mensalidades em sua maioria, mas protegidas de pagar impostos via leis de isenção para instituições filantrópicas.

O sistema educacional brasileiro foi sendo formado nesta disputa, assumindo uma configuração surpreendentemente marcada pela multiplicação de entes, instituições e agentes com direito de oferta dos serviços educacionais. Nos setores diretamente ligados à produção e ao comércio, particularmente quando existiu algum tipo de inventivo fiscal, os capitalistas avançaram sobre os negócios educacionais. Quando o custo/benefício não era vantajoso, deixaram os custos a cargo do Estado (os Institutos Federais de Educação, as Universidade e a Educação básica estadual e municipal públicos são exemplo desta lógica), sem deixar de disputar a direção política da educação na perspectiva do controle da formação técnica de forma pragmática.

Neste momento, entretanto, os capitalistas têm interesse central no controle e no acesso ao fundo público. E foi na Ditadura Militar que, no Brasil, a estratégia neoliberal para a gestão da economia política começou a operar com vistas a travar o desenvolvimento de um projeto de Estado de Bem-estar social e avançar em direção ao estado mínimo para atender aos interesses do capital. Foi durante a Ditadura Militar que foram se formando as condições para o aparecimento das grandes corporações econômicas que hoje controlam a educação da classe trabalhadora brasileira. Foi durante todo o período da Ditadura Militar – e no ciclo FHC/LULA – que o comércio da educação superior foi tomando força e sob o impulso estatal via CREDUC, FAS, FIES, PROUNI, FGEDUC foi assumindo o controle da educação superior (controlam cerca de 70% das matrículas) e da educação básica (controlam as matrículas, material pedagógico necessário ao trabalho educativo dos professores da educação básica e disputam as diretrizes para a formação de professores).

O alvo dos capitalistas é múltiplo: (i) de um lado, almejam o controle ideológico para que a classe trabalhadora não conheça sua própria situação; (ii) do outro, almejam a extração de mais-valia também sobre o trabalho dos professores; (iii) por fim, almejam o fim do sistema estatal de educação e a transferência dos recursos que o Estado usaria para o pagamento da formação básica da classe trabalhadora (formação para o trabalho simples) para o setor privado.

Os sistemas de crédito educativos garantem, ainda, que a própria classe trabalhadora assuma os custos de sua formação. Por este caminho, os capitalistas garantem o ciclo necessidade - produção -consumo convencendo aos trabalhadores da necessidade de se qualificarem para encontrar postos de trabalho – é aqui, efetivamente, que o discurso do capital humano é retomado com força!

Mas há uma contradição fundamental que a experiência dos trabalhadores vem denunciando: oferecer serviços educativos e de profissionalização não é sinônimo de oferecer emprego em quantidade suficiente para atender à demanda de mão de obra qualificada.

Uma articulação de capitais produz uma imensa fraude: ele vende o discurso da necessidade de qualificação sabendo que não vai gerar postos de trabalho suficientes para absorver esta qualificação. O alvo dos capitalistas não é a empregabilidade que eles tanto anunciam! O alvo dos capitalistas é o convencimento dos trabalhadores de que eles carecem de formação para se colocar melhor nas relações de trabalho, e por isto deve procurar a qualificação comprando as vagas (“as melhores”) oferecidas pelos capitalistas na rede privada presencial e EaD!

A empregabilidade de 100% da força de trabalho disponível nunca foi alvo dos capitalistas!

O avanço dos capitais sobre a educação envolve processos complexos de expansão da produção de mais-valia (também sobre o trabalho dos professores) e circulação do valor. Pode não ser irrelevante atentar que na educação da classe trabalhadora os capitalistas encontram uma mercadoria cuja realização da mais-valia se dá antecipada: seja na captura do fundo público, seja por meio do endividamento dos trabalhadores, seja na cobrança direta das mensalidades. Não é irrelevante considerar que os capitalistas avançam sobre a educação por encontrar nela a vantagem de controlar a educação dos trabalhadores e, simultaneamente, promover um processo de extração de mais-valia que já na contratação da vaga assegura a sua realização.

Neste VIII M.T.E. pautamos a análise mais cuidadosa dos interesses dos oligopólios do ensino, identificando nestes interesses as determinações fundamentais dos destinos da formação dos professores – como membros da classe trabalhadora e como aqueles responsáveis pela formação dos trabalhadores.

Compreendemos que apenas nestas relações encontraremos as explicações para a profunda desvalorização dos professores em curso na formação social brasileira.

Bem-vindos ao VIII M. T. E!

Elza Peixoto – agosto/setembro de 2023

06.10.2023 - Sexta-Feira

14h00

Defesa de Tese - Jacob Alfredo Iora

O ensino do atletismo na educação física escolar a partir dos fundamentos da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica: uma contribuição à atividade voluntária na educação dos adolescentes – Jacob Alfredo Iora

PPGE FACED UFBA

Prof. Dra. Elza Peixoto

Prof. Dra Carolina Piccettti,

Prof. Dra. Flávia Asbahr,

Prof. Dr. Hélio Messeder

Prof Dra. Marilda Facci,

Prof. Dr. Matheus Bernardo,

Prof. Dr. Rogério Massarotto

Link You Tube: https://www.youtube.com/watch?v=1w7KDKpPiCc&t=642s 

23.10.2023 - Segunda-Feira

23.10.2023 - 18h30 - Abertura  https://www.youtube.com/watch?v=-NRGjVHn4bI

Mesa 01 - 19h - Evasão nos cursos superiores oferecidos por universidades públicas – Projeto Edital PIBIC - Jeovah Benjamim Barbosa Moreira Vieira Alves, Ilza Gabriella dos Santos Rocha; Kin Aryel Cedraz Pinheiro

Link YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=0cXuh4V13Kg

Mesa 02 - 19h30 - Do professor abstrato ao professor concreto – divisão social do trabalho educativo e a situação da ocupação professor

– Elza Peixoto

Link YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=mTZ_AK-OwVY

24.10.2023 Terça-Feira

Mesa 03 - 19h - Notas sobre a intervenção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na política educacional brasileira – Edson do Espírito Santo Filho

 

19h30 - Concentração e centralização do capital no Ensino Superior privado no Brasil – Francisco Pereira

 

20h00 - Trabalho e Educação na obra de Álvaro Vieira Pinto – Yuri Carlos Costa dos Santos

Link YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=f0zvC_W28no

25.10.2023 Quarta-Feira

Mesa 04

14h - Marxismo, Teoria do Conhecimento e Educação – Friedrich Engels – Aula PPGE FACED UFBA – Elza Peixoto

19h - As formulações da OCDE para educação e suas interfaces com a base nacional comum para a formação de professores (BNC-formação) no Brasil – Patrícia Menezes dos Santos

 

19h30 - A disputa pelo projeto de valorização de professores no capitalismo dependente brasileiro – Vânia Pereira Moraes Lopes

Link TouTube: https://www.youtube.com/watch?v=OlBf04P4aCA

26.10.2023 Quinta-Feira

Mesa 05 

19h

Notas Preliminares sobre a Produção do Conhecimento acerca da Militarização da Escola Básica no Brasil – Claudiano da Hora de Cristo

 

19h30

Serviço Social na educação básica e o projeto de educação do capital para a classe trabalhadora no contexto da financeirização – Jakeline Gonçalves Bonifácio Sena

Link YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=3Cp7eAT551o

16.11.2023 Sexta-Feira

14h

Marxismo, Teoria do Conhecimento e Educação - Karl Marx – Aula PPGE FACED UFBA – Elza Peixoto

 

Mesa 06 - 19h - Oligopólios do Ensino – tendências no seu desenvolvimento e as contradições com os interesses da classe trabalhadora - Alan Kenji Seki

Link YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=43NAevWplTQ

28.10.2023 Sábado

Mesa 07 - 08h - O debate sobre a formação médica na Revista da Associação Médica – Ana Karen Oliveira

 

08h30 - Estudos em torno da crítica da centralidade do lúdico na formação humana: a ontologia em autores clássicos do jogo – Marcelo Pereira de Almeida Ferreira

Link YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=HVn5f3Ol2QY

 

09h00 Planejamento 2023

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